terça-feira, 30 de setembro de 2008

A música na nossa vida

A música tem um significado especial na nossa vida. Ela pode influenciar, marcar uma época e deixar recordações de um fato.
Boas melodias fazem bem à alma, nos proporcionam prazer, retratam diferentes culturas e mostram opiniões. Através da música, as pessoas demonstram reações, exprimem idéias e expressam sentimentos.
As pessoas costumam fazer demonstrações públicas de seu modo de pensar ao aumentarem o volume do aparelho de som em uma determinada canção. A música diz muito de nós e sempre haverá uma específica que demonstre nossos sentimentos.
Existem variados ritmos e estilos, até aquelas que influenciam negativamente. Essas usam o poder da melodia para oferecerem letras violentas, abusivas e obscenas.
Ao escutarmos uma canção podemos nos transportar para outra época, reviver acontecimentos e relembrar boas lembranças. Cada pessoa tem no mínimo uma música que marcou sua vida. A verdadeira música é a que, por passar algo positivo e com sentimento, fica registrada na nossa memória.
Eu não tenho unicamente uma música, porque várias me marcaram. A nossa história de vida sempre terá uma trilha sonora, com direito a uma melodia para cada fato que nos marcou de verdade.

A desunião faz a força

Todos precisamos ter vínculos. Ninguém é totalmente forte para fazer tudo sem a ajuda do outro. Os laços nos proporcionam segurança, expansão de conhecimentos e troca de experiências. Mas não é bem o que anda acorrendo ultimamente. Cada vez mais as pessoas, ao invés de estreitar relações, estão alargando horizontes. E de preferência horizontes em que só caibam elas e mais ninguém.
Há uma grande insegurança e um terrível medo, aliado a nossa falta de ânimo com o desconhecido, assolando o mundo atual. Notamos que as pessoas têm pressa ao ouvir o outro (quando escutam), como se estivessem amedrontadas com as constatações e questionamentos que possam ser feitos. Hoje em dia aquele que tem a intenção de ajudar e se aproximar é tido como um perturbador. Algo desestruturador do que foi imposto, estabelecido.
Muitos estão confundindo a aproximação e a ajuda alheia com um atestado grátis de fraqueza e incapacidade. Qual o ser humano que quer ser visto de forma contrária daquilo que passa? São as chamadas aparências, os frutos da insegurança. O problema não é ser inseguro, ter um campo finito de conhecimentos, afinal, ninguém é perfeito. O maior problema á a falta de humildade com nossas dúvidas, nossos receios, que proporcionam ainda mais o afastamento da maioria.
Aprendemos muito com as trocas de experiências, sempre aprendemos algo ouvindo atentamente a opinião de outros. Vamos olhar nos olhos do interlocutor, não recear nossos medos, pedir ajuda sem o sentimento da derrota. Sem vínculos podemos até chegar ao pódio, mas o percurso para chegar nele não terá obtido sua real finalidade. Finalidade do crescimento mútuo e do aprendizado em conjunto. Se a desunião continuar a fazer a força predominando o individualismo, essa será a prova maior de que perdemos a vontade de conviver uns com os outros. Tudo que é feito em conjunto é melhor, afinal, a união é que faz a força!

Andreia Flores

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Gre-Nal de Domingo

Nosso vídeo no Gre-Nal


Tem mais vídeos do jogo postados por mim no You Tube.

Andreia Flores

domingo, 28 de setembro de 2008

Gre-Nal Histórico


Vencemos o Gre-Nal no Beira-Rio. Inter 4x1 Grêmio! Fui no jogo com o Cassio e o Lucas, estava muito bom! Os Colorados em peso fazendo a maior festa. Esse Gre-Nal foi muito especial, vai ficar na história! Chegamos uma hora antes do início do jogo e mal tinha lugar para ficar. O Beira-Rio lotou! Iniciamos o placar com um gol do D'Alessandro e a galera foi ao delírio. Depois o Grêmio empatou, mas não me desesperei. No meio da tensão e do nervosismo, torcia calada e esperançosa. Então chega o segundo gol, feito por Alex, Inter 2x1 Grêmio. O Beira-Rio quase desabou! E o nosso delírio seria maior ainda quando o Índio fez o terceiro gol, Inter 3x1 Grêmio. De repente para selar a alegria e ganharmos definitivamente a noite, o placar saltou para 4x1, com um gol do Nilmar. Todos os 4 gols foram feitos no primeiro tempo. Tiramos muitas fotos, filmamos, que sonho lindo! Sonho Colorado realizado! Com todo o respeito à torcida rival, a noite era para ser nossa! A noite foi minha!
Ótima semana Rubra a todos!

Andreia Flores

Meu dia de chuva

Quando eu morrer,
um dia de chuva me
representará.
Um dia nublado, será
um sorriso meu, não
minhas lágrimas.
Cada dia chuvoso será
um atestado para os
que ficam, de que
minha vida valeu a
pena.

Andreia Flores

Mais uma da chuva

Chuva cristalina, alivia.
Chuva sorrateira, embala.
Chuva fraca, incentiva.

Chuva forte, afugenta.
Chuva insistente, afaga.
Chuva destemida, encoraja.

Chuva surpresa, exclama.
Chuva fina, questiona.
Chuva o dia todo, tensiona.

Chuva pouca, saúda.
Chuva nunca, abondono.
Chuva chuva, serenidade.

Andreia Flores

sábado, 27 de setembro de 2008

Um livro inesquecível

Todo o apaixonado por leitura tem um livro inesquecível. Quando não tem um, tem dois, três, quatro... Comigo não é diferente. Tenho vários livros inesquecíveis que me passaram muito mais que simples entretenimento. Foram livros que me ensinaram muitas coisas boas que levarei sempre comigo.
A casa – André Vianco, A asa esquerda do anjo – Lya Luft, Aos meus amigos – Maria Adelaide Amaral, Pollyanna – Eleonor H. Potter, A moreninha – Joaquim Manuel de Macedo, Esconderijos do tempo – Mario Quintana e...chega! São tantos livros que li e pelos quais me apaixonei! Acredito que todos os livros que caem em nossas mãos nos passam algo positivo e reflexivo. As obras sempre serão as mesmas, o que realmente muda é a sensação sentida por cada um, com sua leitura (ou releitura) em determinado momento.
Lembro-me com extremo carinho de um livro que fez parte de minha infância e que foi um presente de minha mãe. Era um livro mágico, com fadas, crianças, duendes, floresta encantada e muitas aventuras. Tenho essa edição até hoje, com suas páginas amareladas e envelhecidas. Soprinho, de Fernanda Lopes de Almeida foi um dos livros inesquecíveis que li quando criança.
Achava incrível ter um amigo de fumaça, transparente, invisível. Em vários momentos de medo ao levantar-me no meio da noite, seja para ir ao banheiro ou beber água, imaginava que Soprinho, meu amigo imaginário, estaria comigo cuidando-me. Reli esse livro no mínimo umas três vezes, tamanho o fascínio que sentia com sua leitura.
O bom de ler um livro é a ilusão visual que criamos, a imaginação do fato, a infiltração na história. Aguça nossa inteligência e nosso poder de argumentação de uma forma encantadora. A leitura nos transporta para mil experiências e faz aflorar outros dois mil tipos de sentimentos. É por isso que sou uma tia que, ao invés de dar brinquedos, dá livros de presente aos seus sobrinhos. Quero realçar neles todo o poder e a magia que a leitura me passou, ainda passa e que sempre me passará.


Andreia Flores

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Alguém Especial


Essas poucas linhas não serão suficientes para expressar meu amor e saudades, mas mesmo assim, tentarei homenagear uma pessoa muito especial. Somente lembrar o timbre da sua voz e o brilho dos seus olhos me faz despertar de um pesadelo que levo permanentemente.
Sua jovialidade, sua fome de viver, seus talentos e seu jeito cúmplice e companheiro, me levam a recordar todos os bons momentos vividos juntos. Não existiam obstáculos que o derrubassem, tempestade que o atingisse e nem sonhos impossíveis. Todo o dia era dia de festa ao seu lado. Lembro das brincadeiras, piadas, recordo do seu rosto, do modo de se vestir, dos conselhos que me dava, e até mesmo das brigas típicas.
Se eu pudesse encontrar novamente essa pessoa, lhe diria que ela é o chão que falta aos meus pés, o céu em que brilha meu sol e minha lua e a água que sacia minha sede. Sede de querer ver seu sorriso novamente, sua presença nas festas familiares e dizer o quanto sinto sua falta. Uma falta que tira o meu sono, mata minhas esperanças e abala minha fé. Saber que seu sorriso não mais verei me perturba, me entristece.
Tudo que lhe pertencia continua como estava, até mesmo seu carro continua intocável na garagem. Nos seus Cd’s encontrei uns meus, que não houve tempo de serem devolvidos, mas os deixei no mesmo lugar como você os havia deixado. Seus retratos espalhados pela casa me transportam para um passado que jamais queria ter perdido. Sua lembrança em minha memória será eterna e a certeza de um distante futuro reencontro amadurece em meus pensamentos. Entendi, ao longo desses quase três anos, que não perder quem se ama é seguir em frente, mesmo com o coração desolado. A violência pode arrancar uma parte imensa de nós, mutilando-nos, mas não rouba o amor que nos uniu e fez parte de nossa história.
Posso sentir que você lê o que escrevo. Meu amor faz chegar até você minhas singelas palavras. Seu sorriso se perpetua nos meigos olhos de seus filhos, suas sementes deixadas nessa vida. Duas crianças lindas, que a cada dia assemelham-se mais a você. Filhos inocentemente saudosos, que até hoje não entendem para onde o “papai viajou”. Passaste pela nossa vida não em vão. Tua missão foi cumprida, mesmo que interrompida. Precocemente te tornaste um homem de bem, um pai de família. E precocemente nos deixaste. Meu inesquecível irmão, meu companheiro da infância até a vida adulta, meu cúmplice nas farras e bagunças, meu fiel amigo, meu anjo da guarda, te perdendo eu também me perdi. E como diz aquela música sobre perda de pares: “Avião sem asa, fogueira sem brasa, futebol sem bola, Piu-Piu sem Frajola...” Eu colocaria também: Andreia sem André. Porque hoje eu também sou assim, sem ter você.


Texto em homenagem a André Flores de Souza, que no auge de seus 23 anos de idade perdeu a vida de forma trágica, vítima da violência que a cada dia ceifa mais vidas. Violência que só existe por causa de pessoas irresponsáveis que em troca de coisas materiais tiram a vida alheia, preciosidade de perda irreversível, ao contrário de bens materiais. André deixou esposa e dois filhos: Gabriel, que tinha 5 anos e Lucas de 11 meses. Dia 18 de abril de 2005 foi o dia que metade do meu coração se foi com meu irmão.


Andreia Flores


"Nas asas do tempo, a tristeza voa."

Jean de La Fontaine

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Contos na infância

Meus pais e avós sempre nos contavam aquelas lendas que circulavam na família de geração a geração. Eram sempre histórias aterrorizantes para, certamente, assustar as crianças da casa. Ficávamos horas ouvindo os causos.
Esses contos eram sempre adaptados para serem mais assustadores do que realmente eram e com no mínimo um personagem que era membro da família. Dentre Lobisomens, Mulas-sem-cabeça e muitas outras, a que mais nos apavorava era a do Boitatá. Meu pai sempre se empolgava, gesticulando muito, na parte da enorme bola de fogo amarelo que corria rapidamente por entre as casas onde havia crianças arteiras. Lembro do pavor que eu e o meu irmão tínhamos, o que contribuiu para algumas traquinagens terem ficado apenas no pensamento.
No cair da noite, qualquer luz ao longe era sinal do Boitatá se aproximando. Teve uma vez que ao vermos um avião no céu, identificamos apenas uma pequena luz distante rasgando a escuridão, entramos em pânico total. Aos berros, gritávamos desesperados que era injusto o Boitatá vir do céu para nos pegar, já que não havíamos teimado naquele dia.
Então meu pai falou que ele avistado do céu, somente vigiava para ver se tudo estava certo: se todas as crianças tinham feito a lição-de-casa, tomado banho, escovado os dentes e lavado a louça. Imediatamente eu e meu irmão pegamos um banquinho e subimos na altura da pia da cozinha para lavarmos toda a louça do jantar. Não queríamos correr o risco de vê-lo voando por ali novamente.

Andreia Flores

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Faculdade

Gurias - Trabalho em grupo - Seminário Monográfico.

domingo, 21 de setembro de 2008

Mais uma do tempo

Onde vai tão apressado?
Corre do quê?
Corre de quem?
Está difícil deixar rastros.
Tenho que segui-lo
apressado.
Passo por tudo num
vôo rasante.
Mal levanto o pó da
estrada, mal toco
em mim mesmo.
Para vê-lo comprimo meus
olhos.
Mesmo assim, minha visão
não te alcança.
Quando sinto um leve sopro,
sei que é você chegando.
Chegando sorrateiramente
sem cumprimentos.
Nem me olha, se é que um
dia notou-me.
Apressado, toca agitadamente
todos os pensamentos possíveis.
Todos os atingíveis.
Quando não te vejo, te reinvento.
Ao passares por mim, sempre
faz-me chorar ou sorrir.
Traz consigo minha vida inteira.
Toda ela em suas mãos.
Tempo menino!
Tempo malcriado!

Andreia Flores

Insensatez

Loucura querer o
que não é para querer.
Loucura obter o que
não é para se obter.
Loucura viver a vida
alheia.
Loucura procurar
por olhos dispersos.
Loucura sentir o que
ninguém mais sente.
Loucura sonhar com o
impossível.
Loucura é não ser louco
de vez em quando.

Andreia Flores

Ha, ha, ha!!!!


Acabo de descobrir que minha cachorrinha ronca.
Foto: Meus anjinhos - Minnie e Nick.

Domingo

Dia frio, noite fria. Estou ouvindo Mendelssohn. Esta semana tenho que estudar para a prova de Inglês. Fiquei com dez em Latim. Estou relendo o livro Para viver um grande amor, do Vinicius de Morais. Já tinha lido há alguns anos. Adoro tudo que ele escreve. Será que ler mais de um livro simultaneamente é coisa de louco? Se é, está tudo normal... Uma narrativa não interfere na outra. Eu não fazia isso antes, gostava de me envolver totalmente com uma única obra por vez. Mas tem sempre um livro que a gente quer reler, um outro bem interessante que não pode esperar para ser "devorado" e o que estamos lendo atualmente. Ah! Lê tudo de uma vez! É o que estou fazendo. Acreditava que ler mais de um livro ao mesmo tempo interferisse na compreensão. Não interfere! O máximo que pode acontecer é ficarmos mais loucos que já somos. Ao menos... loucos, mas cultos.

Deya Flores

Quintanares

Quero, um dia, dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim e que eu sempre dei o melhor de mim...
e que valeu a pena.

Mário Quintana

Relação com a escrita

O ato de escrever é enriquecedor. Não é necessário ser um mestre das letras para gostar de escrever. Basta apenas segurar a caneta e deixá-la deslizar no papel, deixando a criatividade comandar.
Gosto de escrever e confesso que não tenho grandes habilidades, mas não desisto. Há muito mais por trás desse mundo encantado das palavras, que somente escrever bem. Costumo usar as palavras para desabafar sempre quando tenho um problema, e geralmente dá certo. Esse ato é tão prazeroso que traz alívio. Simplesmente rabiscar no papel o que está incomodando, já me faz enxergar as coisas com mais clareza.
Escrever deve ser uma libertação e não escravidão. Conheço muitas pessoas que não gostam de escrever, deve ser pelo fato de sempre terem sido forçadas a isso. Quando descobrimos no ato da escrita o prazer que ela pode nos proporcionar, passamos a ver o mundo com outros olhos.
Quem gosta de escrever, certamente gosta de ler. E esse é o melhor meio para o aperfeiçoamento da escrita. Quanto mais lemos, melhor escrevemos. Foi através da escrita que descobri que, mesmo não sendo escritores, podemos criar, relatar e reinventar nossas próprias histórias. É só usar a imaginação.

Iracema do século XXI

Amanheceu mais um dia no Leme.
Iracema chega novamente atrasada
na aula, por ter passado a noite toda
no MSN.
Rotina dura tem essa menina: Shopping,
amigas, cabeleireiro, Internet e faculdade
de Medicina.
Fim-de-semana chegando e a turma faz
planos. Acampamento é o programa.
Coisa que Iracema odeia por ser uma
garota urbana.
Toca o celular e ela atende, é o chato do
Martim todo insistente.
Iracema no frescor da juventude chama
muito a atenção, quando não é Martim, é
João. E quando não é o João é o Irapuã.
Mas boba ela não é, só seduz e quer curtir.
Muito esperta, só quer baladas e festas.
Até com a faculdade não tem pressa.
Um dia, na festa de Caubi, conhece Poti.
Poti lhe apresenta a tal erva alucinógena, coisa
da moda.
Iracema toda desconfiada segura, olha, aperta,
cheira e larga fora.
Apressadamente diz ser careta. Pega o celular
e pede para o pai buscá-la.
Ao estacionar o Jaguar, Iracema vê, é seu pai.
Quando chega em casa ainda confere seus
scraps no Orkut. Um recado lhe chama a atenção,
Martim dizendo que a ama lhe comove o
coração.
Relutante, decide telefonar, mas mesmo assim,
hesita em falar. Ouve a mensagem da secretária
eletrônica e torna a desligar.
Na tevê nada a anima, só notícias de corrupção
e chacinas.
Liga o som, escuta CPM. É quando ouve o triiimmm
do MSN. É Martim todo esperançoso
convidando-a para sair.
A partir daí, se tornam dois frutos gêmeos da Internet,
que saíram do seio do mesmo provedor.
E sem interferência da erva alucinógena,
que agora deixou de ser moda.

A casa de meus avôs


Essa noite surpreendi-me relembrando alguns bons momentos de minha vida. E uma dessas lembranças eram as tardes na casa de meus avós. Lembro-me com carinho da dedicação zelosa e dos cuidados extremos.
Meus avós jamais interferiram na educação que meus pais me dedicavam, mas sempre tinham algo novo e interessante para acrescentar. A primeira vez que tive a liberdade de ter uma caneta exclusiva, para rabiscar à vontade, foi na casa deles. Meus pais sempre achavam que uma criança de três anos, com esses utensílios na mão, causaria enormes estragos na mobília. E era na casa meus avós que aproveitava para externar minha criatividade infantil.
Recordo do leite fresquinho, do bolinho de chuva, das sobremesas (mesmo sem comer toda a comida) e da lasanha apetitosa. Tudo que era muito regrado na minha casa, era menos contido na dos meus avós. Minha vó permitia escolher a peça de roupa de cor berrante, ao contrário de minha mãe que preferia sempre as cores neutras. Meu avô deixava eu comer todos os doces a que tinha direito, ao contrário de meu pai que sempre deixava claro que doces só depois de não haver mais nenhum grão no prato.
Os meus avós foram os meus pais remodelados e melhorados. Eles foram tão importantes na minha vida, como meus pais. O equilíbrio de meu caráter foi moldado por ambos, mas as lembranças mais lindas que tenho são, sem dúvida, as de meus queridos avós. Nunca esquecerei aquelas tardes fantásticas na companhia dos dois.

Foto tirada aos dois anos, na casa dos meus avós.

Detalhe: com uma caneta na mão.

Andreia Flores

André



“Se eu pudesse encontrar novamente essa pessoa, lhe diria que ela é o chão que falta aos meus pés, o céu em que brilha meu sol e minha lua e a água que sacia minha sede. Sede de querer ver seu sorriso novamente, sua presença nas festas familiares e dizer o quanto sinto sua falta. Uma falta que tira o meu sono, mata minhas esperanças e abala minha fé. Saber que seu sorriso não mais verei me perturba, me entristece.”


(trecho do texto que fiz em homenagem ao meu irmão)


Andreia Flores

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Outros ares... Novos livros!


Participei da Sexta-feira da Literatura no UniRitter.
Discutimos o livro Dois Irmãos de Milton
Hatoum. Comprei hoje mesmo na Saraiva
e já vou devorá-lo!

Comprei também:

Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade;
Cem sonetos de Amor - Pablo Neruda;
Nova Antologia Poética - Vinicius de Morais;
Ora Bolas - O Humor de Mario Quintana - Juarez Fonseca;
Os cem melhores Poemas Brasileiros do Século - Seleção
de Italo Moriconi ( Amor à primeira vista! Achei meio caro, mas valeu o investimento!).

Livro é como chocolate, difícil devorar um só...

Beijos, bom final de semana!

Deya Flores

domingo, 14 de setembro de 2008

Lembranças da escola

Lembranças da época de criança todos nós temos. E as que marcam mais a nossa vida, realmente, são as escolares. Quem não recorda de um professor inesquecível, de um coleguinha inseparável, de uma aula de muitas descobertas?
Ao me perguntar qual a minha lembrança mais remota, lembro de imediato de minha primeira escola e das minhas séries iniciais. Teve uma aula, quando eu estava na segunda série, em que a professora pediu para a turma fazer um trabalho de ciências. Consistia em plantar grãos de feijão em um vaso e esperar sua germinação. Lembro com exatidão da minha alegria e empolgação com a atividade. Cuidava do meu pezinho de feijão como se ele fosse um filhote frágil e indefeso. E esse, pra mim, foi um grande aprendizado também sobre ter deveres e responsabilidades. E isso, nem preciso dizer, levei pela vida afora.
Outra lembrança que tenho é de uma professora bem querida que, ao ver a turma em bagunça e conversas paralelas, sempre dizia:
- Não quero ouvir mais nenhum piu!
Sempre havia um aluno que largava um irônico piu, depois da ordem. A professora paciente soltava uma risada. Talvez isso fosse um incentivo para os pius continuarem, pois até eu, em determinado momento, soltei um extremoso piu.
A escola para as crianças é como uma segunda casa. E como nesta idade os pequeninos são como esponjas, absorvem todas as informações que serão de extrema importância para a formação de seu caráter, posso dizer que muito aprendi nessa época. Época mágica e inesquecível!

h
Andreia Flores

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

"Vou rabiscar o sol que a chuva apagou!"


Até que enfim um dia na
semana que valeu a pena!
Voltei a sorrir...
g
Deya

Sorriso

Estou sorrindo,
este é o meu maior disfarce.
Estou sorrindo,
esta é minha armadura.
Estou sorrindo,
quase como um sintoma.
Parei de sorrir,
esta é a minha realidade.
Se volto a sorrir,
é minha fuga.
g
Andreia Flores

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O tempo...


Senhor do meu caminho?
Caminho sem dono?
Pressa da solidão?
Tempo que passa...
Danado!
Passa e me arrasta!
l
Andreia Flores

Monotomia

Acordo e tudo continua igual.
Me deito e os sonhos não são os mesmos...
Procuro distração e não encontro.
Sinto meus ombros pesados, meu sono leve.
Tenho insônia, sinto sono.
Está tudo no mesmo lugar errado.
Nada modificou...
Quero gritar, não tem quem ouça.
Procuro e não encontro nada.
Nem forças para desistir tenho.
Há uma preguiça mental,
uma falta de brilho.
Sonhos esquecidos, decepções afloradas.
Quero me distrair e caminho.
Então noto que ando em círculos.
c
Andreia Flores

Adrenalina



Minha cabeça pesa, tenho ânsia de realizações.

Mas as minhas energias se dispersam, se apagam.

Vivo ligada, conectada, infiltrada, paralisada.

Sou um baú de idéias inutilizadas, de dons

mal aproveitados.

Queria fazer mais, ser mais um pouco.

Cadê os meus sonhos?

Uma enorme cratera se abriu no chão

e eu escorri lá para dentro,

levando tudo junto comigo.

m

Andreia Flores

Parei!

Parei de pensar.
Parei de reagir.
Parei de sentir.
Simplesmente parei.
Parei com tudo, com todos.
Estou parada, sem emoções.
Sem perguntas...
...com dúvidas.
Acabou, parei!
Parei de crer, de ver, de pedir.
De procurar, implorar, me iludir.
Parei de viver...
... sem você!
j
Andreia Flores

Dúvidas

O som da chuva nos leva à reflexão.
O que virá nos próximos dias?
O que fazer daqui pra frente?
Como agir ou reagir?
Quando gritar e quando calar?
Cada gota de chuva deveria
trazer a resposta para cada dúvida nossa.
l
Andreia Flores

Saudade

Saudade é sonho impossível,
É querer cantar com os pássaros,
é querer fazer chover.
Saudade é a palavra para explicitar a vontade
imensa de trazer novamente
o que se perdeu, pra gente!
n
Andreia Flores

Um novo dia...

Mais um dia que nasce.
Mais uma oportunidade se faz.
Mais um dia no calendário,
mais um que não voltará jamais.
Cada dia que começa é um recomeço,
um avanço na semana.
O dia inicia e com ele novas
esperanças, novos planos.
Apesar das dificuldades, a graça é
esperar o amanhã.
Acorde para o momento, levante-se para
a vida.
Olhe ao redor, realize tarefas, cumpra promessas.
Faça-se presente, modifique, reinvente.
Registre sua vida.
Faça sua história.
Vamos! Comece agora!
j
Andreia Flores

Confissão

Pegue minhas mãos, me leve até você.
Me conte toda a verdade, eu quero te ouvir.
Não farei perguntas, só te pedirei desculpas.
Quero teu sorriso para mim, tua voz no meu
ouvido.
Me abrace apressadamente devagar.
Diga que te pertenço, peça para te esperar.
Confesse que faz parte de minha vida.
Fale-me que um dia te terei.
v
Andreia Flores

Perda

Perdi todas as estruturas, perdi o sono.
Perdi a paz, a força, a confiança.
Perdi a contemplação das belezas do dia.
Perdi os mistérios da noite.
Perdi o que realçava meus olhos.
Perdi dias, meses, anos.
Perdi meus sonhos.
Perdi seu amor.
Perdi você.
m
Andreia Flores

Lembrança

Ouço a música,
revejo teu retrato.
Olho o céu estrelado,
sinto você.
A distância me atormenta,
causa até mesmo irritação.
Quero pular e cair em nenhum lugar.
Quero gritar e fazer somente você
ouvir.
Não ouço mais tua voz, não te tenho mais
por perto.
Será que desisteste de mim?
y
Andreia Flores

Perturbação

A perturbação é mero pássaro
solitário.
Pássaro passageiro da dor.
Passeio pelo caos do desespero,
aflição desenfreada.
O que perturba, faz viver.
E vivendo, ultrapasso tudo.
j
Andreia Flores

Ilusões

Tenho segredos guardados. Lembranças irreais.
Pensamentos irrequietos. Tenho passos lentos.
Expressões distantes. Observo além e me calo.
Corrijo-me de mim mesma. Corro devagar.
Diminuo-me na intenção de mais obter.
Tenho falsos sonhos, verdadeiras ilusões.
Pego-me com carinho e me jogo ao longe,
ao nada.
k
Andreia Flores

Sentimentos

Como me sinto?
Sinto-me igual.
Nada se difere.
O tempo, ao mesmo
tempo que passou,
parou.
Tenho marcas na alma,
cicatrizes que carrego
no peito.
Não sinto acelerar
meu coração, nem
iluminarem meus
olhos.
Por não sentir,
sinto medo.
Medo de que minhas
sensações tenham
findado.
n
Andreia Flores

Cadê a minha Primavera?!

Reviravoltas, dores de cabeça, decepções...
O mundo é cruel ou é eu que sou ingênua demais?
(... pausa pra reflexão...)

Quarta-feira passada assisti na faculdade a peça
teatral Apareceu a Margarida. Muito legal, rimos
o tempo todo! Quantas Margaridas há por aí, não é?
Inclusive dentro do UniRitter! Deixa pra lá!!!

Iniciei meu curso "Outros Olhares sobre a Juventude"
(da Pedagogia), todas às quartas-feiras. Nas
quartas, na faculdade, não teremos mais os dois últimos
períodos de Português, a professora Maria José saiu e
esses dois períodos passaram para o EaD. Ninguém merece!

Passei o final de semana todo traduzindo o livro Jane Eyre
para a disciplina de Inglês. Acabei!!!! Até que enfim! Teremos
uma prova sobre este livro. É meio água com açúcar, mas interessante!
Nessa semana terei prova de Latim. Em Latim estamos tendo
muita gramática, em pensar que eu já queria sair por aí falando
essa língua, doce ilusão! Só não fiquei tão decepcionada porque estou
dominando tudo. Na prova, mesmo que não estude, vou me sair bem.
Mas, igualmente, vou estudar.

Ótima terça para nós!
Vou precisar ter uma boa terça...

Deya Flores