Revirando minhas coisas, encontrei meus diários antigos. Tem recordações que já nem lembrava mais. Escrevo diário desde os 11 anos, tenho registrado todos os dias de minha vida a partir dessa idade. Teve páginas sem emoção, simplesmente com fatos do dia-a-dia ou coisas que perderam o valor com o passar dos anos.
Em compensação, tem outras que reli e adorei! Lembrei-me de festas inesquecíveis, amigos que já não fazem mais parte de minha vida e amigos inseparáveis, farras, escola, as bagunças, passeios... Várias histórias! O interessante foi ver aquela agenda lotada de clipes prendendo fotos, cartas, ingressos, convites, papel de bala, bombom, recortes de revistas, cartões de Natal...
Sem falar nas Agendas de Recordações, aquelas que os colegas assinavam deixando uma poesia ou escrevendo algo em nossa homenagem, achei essas também. É legal essa ligação com passagens da nossa vida. Vamos reparando a nossa evolução e constatando o quanto mudamos, ao longo dos tempos, para melhor!
Isso tudo é uma forma de expressão incrível, a verdadeira arte da comunicação! Temos sempre a necessidade de eternizar as boas lembranças, e uma das maneiras é o registro num simples papel. No momento que se escreve parece tolo, vago, mas ao passarem os anos é que vemos a importância. E esse papel acaba tornando-se um documento valioso. Um registro precioso de nossa história. Afinal, é a nossa vida detalhada e esmiuçada por nós mesmos.
Tenho mais de 15 volumes de diários, se não der um livro, ao menos será um atrativo para meus netos. Até lá, a palavra diário talvez nem exista mais no nosso vocabulário e esse costume tenha perdido totalmente as forças. Com os Blogs e Fotologs da vida, quem é que ainda vai querer perder tempo escrevendo em agendas? É... eu!
Beijos e um ótimo final de semana!
Deya Flores
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