FELIZ NATAL!
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
sábado, 13 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Encontro
Voa como um passarinho...
Ele voa.
Voa como uma águia...
Ela recua.
Recua selvagem.
Ele avança.
Avança com ferocidade.
Ela se plange,
Ele se aplaca.
Ambos se enlaçam.
Andreia Flores
sábado, 8 de novembro de 2008
Desejo
Queres o mundo aos teus pés?
Queres minhas mãos pelo teu corpo?
Meus olhos a velar-te?
Minhas palavras, meus desejos?
Fale-me!
Preciso saber, pois só me olhas...
Se não souber, jamais darei-te
o que precisas.
Teu silêncio é uma dúvida e tua
falta de manifestação, uma
tentação infinita.
Andreia Flores
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Sentimento ambíguo
ou há imitação de ódio onde há
excesso de amor.
Andreia Flores
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Amigos
no rastro da solidão,
em meros acontecimentos,
em pequenos gestos,
nos erros e
não só nos acertos,
nos dias nublados,
na correnteza,
numa praia ensolarada,
nas crises,
nas risadas,
na distância,
na proximidade...
Só assim é que
reconheceremos um
verdadeiro amigo.
Andreia Flores
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Livro Mestres da Paixão
No terceiro capítulo do livro: Do mar ao infinito, Pellegrini relata a história do professor Mandrake, de Trabalhos Manuais, do qual conta que aprendeu a ter prazer de criar trabalhos manualmente. Foi numa aula desse professor que ele teve uma briga com um colega e, após receber um castigo, constatou que devemos respeitar e se fazer respeitar. Para Pellegrini (2007, p. 35), “além do prazer e do poder de criar, com Mandrake aprendi também a respeitar e me fazer respeitado.”
O professor Joaquim Carvalho é outro professor que o autor cita no 5º capítulo: Entre céu e inferno. Domingos narra que ele tinha extrema paciência com os alunos e que jamais desistiu de dar aula, mesmo com o tumulto da turma. Era um professor atencioso e prestativo. Segundo Pellegrini (2007, p. 81):
Pacientemente, aula após aula, ele ensinava gramática para aqueles poucos, enquanto os outros tumultuavam. Mas não deixávamos de prestar alguma atenção e dar uma olhada no livro didático, para fazer as provas, e conseguíamos notas até melhores que as dos caxias.
Outro professor citado por Domingos Pellegrini é o Mister, professor particular de matemática. Ele tinha aulas particulares na própria casa do professor com mais cinco colegas. A lição que Pellegrini guardou com carinho foi a da aula que o professor Mister fala que, na Física, aprendemos que tudo começa com o átomo, em Química, que tudo começa com a molécula e, em matemática, tudo começa com o ponto. De acordo com Domingos Pellegrini (2007, p. 48):
Mas o professor particular, que chamaremos de Mister porque tinha muita elegância e charme, começou pelo ponto. Vestia guarda-pó branco, mesmo para aquelas aulas em casa, e usava uma varinha como batuta de maestro para apontar no pequeno quadro sobre tripé. E começou perguntando qual é a maior invenção.
O autor conta que aprendeu muito com a teoria do ponto nas inesquecíveis aulas do professor Mister, retratadas também no capítulo: Do mar ao infinito.
O livro Mestres da Paixão é um relato emocionante que nos faz ver os dois lados de uma história: a relação aluno/professor e professor/aluno. Pellegrini desperta interesse e curiosidade no leitor aluno e traz nostálgicas saudades no leitor professor, que acaba percebendo que no passado foi também um aluno e hoje está vivendo o futuro que faria a diferença. Moacir Gadotti fala também sobre os queridos mestres no seu livro Boniteza de um sonho. O autor relata os altos e baixos da profissão de professor, os preconceitos e o valor de lecionar. Segundo Gadotti (2002, p. 17), “poderíamos dizer que o professor se tornou um aprendiz permanente, um construtor de sentidos, um cooperador, e, sobretudo, um organizador da aprendizagem.”
Moacir Gadotti deixa claro que ser professor hoje em dia é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. E apesar de Domingos Pellegrini não lecionar mais, por ter desistido do ofício, vemos claramente nesses dois livros que ser professor é encantador e estimulante. É uma profissão da qual aprendemos constantemente. Mesmo com alguns desestímulos, vale muito a pena disseminar nossos saberes em benefício do próximo. Realmente não podemos imaginar a humanidade sem os educadores. Eles serão sempre o alicerce, a pedra fundamental.
Andreia Flores
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Véu negro
Os motivos, compro aqui e acolá.
Entristeço-me, quiçá, chorarei.
Meus passos perdidos alguém
ajuntou.
Se grito, recebo cabal resposta.
Espero, até mesmo, um vil sorriso
que me alente.
Tudo escureceu, decerto perdi
meu vigor.
Ou um véu negro cobriu-me
todo...
Andreia Flores
À você
À você que me conduz;
À você que me enxerga;
À você que me salva;
À você que me revela;
À você que me ensina;
À você que me enche
de esperanças;
À você que me felicita;
À você...
todo o meu amor!
Andreia Flores
Alguns casais da Literatura
Enredo
Felicidade
E abro as janelas.
Livre como uma borboleta
Invisto no teu amor.
Corro quilômetros
Indevidos e não te alcanço.
Deves estar fugindo de mim.
Ando perdida te procurando.
Dê-me uma chance ao menos,
E te mostrarei o paraíso.
Andreia Flores
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A bela morena
Com os olhos fechados, via cenas do seu dia cansativo de trabalho, seus problemas, seu divórcio... E rapidamente abriu os olhos, queria libertar-se daquilo por umas horas. Então uma morena muito bonita, de 1.70m., olhos verdes, sentou-se ao seu lado. Ele não conseguia conter seus olhos (as pernas dela eram lindas) e começou a puxar conversa.
Perguntou-lhe se estava gostando da viagem e ela balançando a cabeça (com seu olhar sedutor) deu uma resposta afirmativa. Começou a contar-lhe muitas histórias, chegando até a roubar-lhe um sorriso, mas ela nada dizia. Porém, ele só pensava em conquistar aquela mulher fatal com seu papo interessante. Passando-se quase uma hora, não agüentando mais só falar, disse-lhe:
- Fale-me algo, conte-me seus desejos, suas fantasias, que irei prontamente satisfazê-la.
A morena abriu a bolsa, pegou seu espelho e retocou o batom (ele quase suspirou com aquilo) respondendo:
- Benzinho (com uma voz bem grossa) desde menino eu sempre tive muitas fantasias, mas ultimamente ando meio retraído, deve ser o efeito do silicone.
A cara daquele homem cansado, trabalhador, cheio de problemas, caiu literalmente no chão. Nem olhou mais para o rosto daquela morena, ou melhor, moreno. Virou-se imediatamente para o outro lado e começou a repensar seus infortúnios, seu divórcio... Fechou os olhos e dormiu. Sonhou que estava nos braços de um homem másculo, forte.
Acordou-se assustado, olhou para o lado dando de cara com o travesti. Arregalou os olhos e deu um enorme berro. A morena disse:
- É estresse! j
Andreia Flores
Maré
tudo é infinito.
A alma sorri
calada.
O preço que se
paga é alto...
e o olhar acusará.
Sombras negras se
dispersam e no
final das contas
o que se aprende
é para sempre.
Deya Flores
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Uma idéia mais que perfeita
Havia, no entanto, um pequeno detalhe: eu é que tinha escolhido o local e ainda não falara aos meus amigos. Iria fazer-lhes uma pequena surpresa. Finalmente o tão esperado sábado chegou. A turma estava agitadíssima e eu orgulhosa por ter tido uma ótima e econômica idéia. Eles estavam todos curiosos, cada um com uma enorme mochila, vara de pescar, rede, saco de dormir, barraca e demais acessórios.
Entramos no carro e segui em direção ao lugar onde iríamos acampar. Chegando na metade do caminho eles começaram a estranhar e me olharam com uma cara de espanto. Quando estacionei o carro na garagem da minha casa, o pessoal apavorado me perguntou se eu havia desistido do passeio. Então respondi que não havia desistido e que tínhamos chegado ao local. Todo mundo ficou sem reação e ninguém falou nada, absolutamente nenhuma palavra. Só se entreolhavam.
Escolhi o quintal de minha própria casa para acamparmos. Não é um lugar muito emocionante, mas é um lugar bastante econômico. Desta forma não gastaríamos muito dinheiro (o que a turma toda queria), não concordam?
Andreia Flores
sábado, 4 de outubro de 2008
Na noite escura
Eles estavam discutindo e falando muito alto. Parece que o mundo inteiro dormia, só eu estava acordada vendo aquilo. Escondi-me atrás de uma árvore, eu sabia que o que fazia era errado, mesmo assim, fiquei olhando. Queria saber por que o casal brigava, então fiquei ali parada assistindo.
De repente vi o homem agredir a mulher, ele batia nela com muita violência. Ao empurrá-la no chão, puxou um revólver e o apontou para ela. Fiquei paralisada com a cena. Eu vi, na minha frente, ele matar aquela mulher. Minha reação foi tão inesperada que gritei, chamando a atenção daquele homem que correu em minha direção. Não sei como, mas enquanto o homem pulava o muro de minha casa, consegui entrar e trancar a porta. Ele forçava a entrada, querendo derrubá-la. Queria entrar e matar-me, para que eu não contasse o que havia presenciado. Peguei o telefone, nervosamente liguei pra a polícia, enquanto o homem do lado de fora procurava entrar. Ao tentar adentrar pelos fundos, fui até a janela da frente e espiei.
Entrei em pânico ao ver nitidamente a mulher caída no chão. Naquele momento quis morrer para não presenciar aquilo. Finalmente a polícia chegou e capturou o assassino. A noite que estava deserta há uma hora atrás, agora estava cheia de pessoas curiosas.
Uma semana depois, vendi meu imóvel e fui morar em outra cidade. A única coisa que levei comigo foi a tristeza de presenciar que o ser humano pode dar a vida e também tirá-la. Aquele homem, naquela noite, havia matado sua própria filha.
Andreia Flores
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Um grande amor
Já tentei de tudo, muitas bocas já beijei. Só que delas, o som da voz dizendo verdades jamais escutei. Cansada de más experiências e com o coração machucado, prometi não mais me iludir. Para mim agora só resta deixar meu grande amor surgir. Ele chegará com o tempo, é por isso que serei paciente. Não correrei o risco de passar por mais um acidente.
Torço para que a minha metade seja meu tipo ideal, que seja inteligente, simpático e alto astral. Não precisa ser abonado, desde que seja amor verdadeiro e não tão apressado. Sonho com um homem que me elogie e me admire. Quero segurança, portanto, não me dê caixa de bombons. Quem dá chocolates demonstra não amar de verdade.
Estou bem atenta, reparo em todos, um deles será meu sonho. Não me distraio, olho para todos os lados. Aceito receber todo o tipo de amor, exijo somente que não magoem meu coração. Eu quero é amor, não paixão.
O homem ideal seria o sincero, que não diz eu te amo, quando quer dizer só te quero. Será que neste mundo materialista encontrarei alguém que me faça sentir benquista? Enquanto não encontro o homem de minha vida, não me abalo, não fico aflita. Até encontrar meu príncipe encantado, eu sonho, saio, me distraio. Se não conseguir preencher meu coração, pensarei somente em saídas, festas e todo o tipo de diversão.
Andreia Flores
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Feliz aniversário!
Cidade do meu coração
No meio de tantas belezas, temos também o caos, que é próprio de todas as grandes cidades. Caos que se perde no meio de nosso histórico hospitaleiro e heróico. Cidade de um povo de fibra, de um povo incansável. Lugar como aqui, nunca vi!
Suas riquezas culturais, seus imensuráveis pontos turísticos, sua simpatia e aconchego tornam-na um lugar para se viver e desfrutar. Sou um pássaro pertencente a outro ninho, mas que adotou o seu atual como legítimo. Tenho aqui bons amigos, ótima vizinhança e estabilidade. Não trocarei jamais de cidade.
Lugar como esse, ninguém verá! Bem-vindos a um porto alegre de mil magnitudes. Bem–vindos ao povo porto-alegrense, um povo solícito e de verdadeiras atitudes.
Andreia Flores
terça-feira, 30 de setembro de 2008
A música na nossa vida
Boas melodias fazem bem à alma, nos proporcionam prazer, retratam diferentes culturas e mostram opiniões. Através da música, as pessoas demonstram reações, exprimem idéias e expressam sentimentos.
As pessoas costumam fazer demonstrações públicas de seu modo de pensar ao aumentarem o volume do aparelho de som em uma determinada canção. A música diz muito de nós e sempre haverá uma específica que demonstre nossos sentimentos.
Existem variados ritmos e estilos, até aquelas que influenciam negativamente. Essas usam o poder da melodia para oferecerem letras violentas, abusivas e obscenas.
Ao escutarmos uma canção podemos nos transportar para outra época, reviver acontecimentos e relembrar boas lembranças. Cada pessoa tem no mínimo uma música que marcou sua vida. A verdadeira música é a que, por passar algo positivo e com sentimento, fica registrada na nossa memória.
Eu não tenho unicamente uma música, porque várias me marcaram. A nossa história de vida sempre terá uma trilha sonora, com direito a uma melodia para cada fato que nos marcou de verdade.
A desunião faz a força
Há uma grande insegurança e um terrível medo, aliado a nossa falta de ânimo com o desconhecido, assolando o mundo atual. Notamos que as pessoas têm pressa ao ouvir o outro (quando escutam), como se estivessem amedrontadas com as constatações e questionamentos que possam ser feitos. Hoje em dia aquele que tem a intenção de ajudar e se aproximar é tido como um perturbador. Algo desestruturador do que foi imposto, estabelecido.
Muitos estão confundindo a aproximação e a ajuda alheia com um atestado grátis de fraqueza e incapacidade. Qual o ser humano que quer ser visto de forma contrária daquilo que passa? São as chamadas aparências, os frutos da insegurança. O problema não é ser inseguro, ter um campo finito de conhecimentos, afinal, ninguém é perfeito. O maior problema á a falta de humildade com nossas dúvidas, nossos receios, que proporcionam ainda mais o afastamento da maioria.
Aprendemos muito com as trocas de experiências, sempre aprendemos algo ouvindo atentamente a opinião de outros. Vamos olhar nos olhos do interlocutor, não recear nossos medos, pedir ajuda sem o sentimento da derrota. Sem vínculos podemos até chegar ao pódio, mas o percurso para chegar nele não terá obtido sua real finalidade. Finalidade do crescimento mútuo e do aprendizado em conjunto. Se a desunião continuar a fazer a força predominando o individualismo, essa será a prova maior de que perdemos a vontade de conviver uns com os outros. Tudo que é feito em conjunto é melhor, afinal, a união é que faz a força!
Andreia Flores
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Gre-Nal de Domingo
Tem mais vídeos do jogo postados por mim no You Tube.
Andreia Flores
domingo, 28 de setembro de 2008
Gre-Nal Histórico
Ótima semana Rubra a todos!
Andreia Flores
Meu dia de chuva
um dia de chuva me
representará.
Um dia nublado, será
um sorriso meu, não
minhas lágrimas.
Cada dia chuvoso será
um atestado para os
que ficam, de que
minha vida valeu a
pena.
Andreia Flores
Mais uma da chuva
Chuva sorrateira, embala.
Chuva fraca, incentiva.
Chuva forte, afugenta.
Chuva insistente, afaga.
Chuva destemida, encoraja.
Chuva surpresa, exclama.
Chuva fina, questiona.
Chuva o dia todo, tensiona.
Chuva pouca, saúda.
Chuva nunca, abondono.
Chuva chuva, serenidade.
Andreia Flores
sábado, 27 de setembro de 2008
Um livro inesquecível
A casa – André Vianco, A asa esquerda do anjo – Lya Luft, Aos meus amigos – Maria Adelaide Amaral, Pollyanna – Eleonor H. Potter, A moreninha – Joaquim Manuel de Macedo, Esconderijos do tempo – Mario Quintana e...chega! São tantos livros que li e pelos quais me apaixonei! Acredito que todos os livros que caem em nossas mãos nos passam algo positivo e reflexivo. As obras sempre serão as mesmas, o que realmente muda é a sensação sentida por cada um, com sua leitura (ou releitura) em determinado momento.
Lembro-me com extremo carinho de um livro que fez parte de minha infância e que foi um presente de minha mãe. Era um livro mágico, com fadas, crianças, duendes, floresta encantada e muitas aventuras. Tenho essa edição até hoje, com suas páginas amareladas e envelhecidas. Soprinho, de Fernanda Lopes de Almeida foi um dos livros inesquecíveis que li quando criança.
Achava incrível ter um amigo de fumaça, transparente, invisível. Em vários momentos de medo ao levantar-me no meio da noite, seja para ir ao banheiro ou beber água, imaginava que Soprinho, meu amigo imaginário, estaria comigo cuidando-me. Reli esse livro no mínimo umas três vezes, tamanho o fascínio que sentia com sua leitura.
O bom de ler um livro é a ilusão visual que criamos, a imaginação do fato, a infiltração na história. Aguça nossa inteligência e nosso poder de argumentação de uma forma encantadora. A leitura nos transporta para mil experiências e faz aflorar outros dois mil tipos de sentimentos. É por isso que sou uma tia que, ao invés de dar brinquedos, dá livros de presente aos seus sobrinhos. Quero realçar neles todo o poder e a magia que a leitura me passou, ainda passa e que sempre me passará.
Andreia Flores
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Alguém Especial
Sua jovialidade, sua fome de viver, seus talentos e seu jeito cúmplice e companheiro, me levam a recordar todos os bons momentos vividos juntos. Não existiam obstáculos que o derrubassem, tempestade que o atingisse e nem sonhos impossíveis. Todo o dia era dia de festa ao seu lado. Lembro das brincadeiras, piadas, recordo do seu rosto, do modo de se vestir, dos conselhos que me dava, e até mesmo das brigas típicas.
Se eu pudesse encontrar novamente essa pessoa, lhe diria que ela é o chão que falta aos meus pés, o céu em que brilha meu sol e minha lua e a água que sacia minha sede. Sede de querer ver seu sorriso novamente, sua presença nas festas familiares e dizer o quanto sinto sua falta. Uma falta que tira o meu sono, mata minhas esperanças e abala minha fé. Saber que seu sorriso não mais verei me perturba, me entristece.
Tudo que lhe pertencia continua como estava, até mesmo seu carro continua intocável na garagem. Nos seus Cd’s encontrei uns meus, que não houve tempo de serem devolvidos, mas os deixei no mesmo lugar como você os havia deixado. Seus retratos espalhados pela casa me transportam para um passado que jamais queria ter perdido. Sua lembrança em minha memória será eterna e a certeza de um distante futuro reencontro amadurece em meus pensamentos. Entendi, ao longo desses quase três anos, que não perder quem se ama é seguir em frente, mesmo com o coração desolado. A violência pode arrancar uma parte imensa de nós, mutilando-nos, mas não rouba o amor que nos uniu e fez parte de nossa história.
Posso sentir que você lê o que escrevo. Meu amor faz chegar até você minhas singelas palavras. Seu sorriso se perpetua nos meigos olhos de seus filhos, suas sementes deixadas nessa vida. Duas crianças lindas, que a cada dia assemelham-se mais a você. Filhos inocentemente saudosos, que até hoje não entendem para onde o “papai viajou”. Passaste pela nossa vida não em vão. Tua missão foi cumprida, mesmo que interrompida. Precocemente te tornaste um homem de bem, um pai de família. E precocemente nos deixaste. Meu inesquecível irmão, meu companheiro da infância até a vida adulta, meu cúmplice nas farras e bagunças, meu fiel amigo, meu anjo da guarda, te perdendo eu também me perdi. E como diz aquela música sobre perda de pares: “Avião sem asa, fogueira sem brasa, futebol sem bola, Piu-Piu sem Frajola...” Eu colocaria também: Andreia sem André. Porque hoje eu também sou assim, sem ter você.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Contos na infância
Esses contos eram sempre adaptados para serem mais assustadores do que realmente eram e com no mínimo um personagem que era membro da família. Dentre Lobisomens, Mulas-sem-cabeça e muitas outras, a que mais nos apavorava era a do Boitatá. Meu pai sempre se empolgava, gesticulando muito, na parte da enorme bola de fogo amarelo que corria rapidamente por entre as casas onde havia crianças arteiras. Lembro do pavor que eu e o meu irmão tínhamos, o que contribuiu para algumas traquinagens terem ficado apenas no pensamento.
No cair da noite, qualquer luz ao longe era sinal do Boitatá se aproximando. Teve uma vez que ao vermos um avião no céu, identificamos apenas uma pequena luz distante rasgando a escuridão, entramos em pânico total. Aos berros, gritávamos desesperados que era injusto o Boitatá vir do céu para nos pegar, já que não havíamos teimado naquele dia.
Então meu pai falou que ele avistado do céu, somente vigiava para ver se tudo estava certo: se todas as crianças tinham feito a lição-de-casa, tomado banho, escovado os dentes e lavado a louça. Imediatamente eu e meu irmão pegamos um banquinho e subimos na altura da pia da cozinha para lavarmos toda a louça do jantar. Não queríamos correr o risco de vê-lo voando por ali novamente.
Andreia Flores
terça-feira, 23 de setembro de 2008
domingo, 21 de setembro de 2008
Mais uma do tempo
Corre do quê?
Corre de quem?
Está difícil deixar rastros.
Tenho que segui-lo
apressado.
Passo por tudo num
vôo rasante.
Mal levanto o pó da
estrada, mal toco
em mim mesmo.
Para vê-lo comprimo meus
olhos.
Mesmo assim, minha visão
não te alcança.
Quando sinto um leve sopro,
sei que é você chegando.
Chegando sorrateiramente
sem cumprimentos.
Nem me olha, se é que um
dia notou-me.
Apressado, toca agitadamente
todos os pensamentos possíveis.
Todos os atingíveis.
Quando não te vejo, te reinvento.
Ao passares por mim, sempre
faz-me chorar ou sorrir.
Traz consigo minha vida inteira.
Toda ela em suas mãos.
Tempo menino!
Tempo malcriado!
Andreia Flores
Insensatez
que não é para querer.
Loucura obter o que
não é para se obter.
Loucura viver a vida
alheia.
Loucura procurar
por olhos dispersos.
Loucura sentir o que
ninguém mais sente.
Loucura sonhar com o
impossível.
Loucura é não ser louco
de vez em quando.
Andreia Flores
Domingo
Deya Flores
Quintanares
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim e que eu sempre dei o melhor de mim...
e que valeu a pena.
Mário Quintana
Relação com a escrita
Gosto de escrever e confesso que não tenho grandes habilidades, mas não desisto. Há muito mais por trás desse mundo encantado das palavras, que somente escrever bem. Costumo usar as palavras para desabafar sempre quando tenho um problema, e geralmente dá certo. Esse ato é tão prazeroso que traz alívio. Simplesmente rabiscar no papel o que está incomodando, já me faz enxergar as coisas com mais clareza.
Escrever deve ser uma libertação e não escravidão. Conheço muitas pessoas que não gostam de escrever, deve ser pelo fato de sempre terem sido forçadas a isso. Quando descobrimos no ato da escrita o prazer que ela pode nos proporcionar, passamos a ver o mundo com outros olhos.
Quem gosta de escrever, certamente gosta de ler. E esse é o melhor meio para o aperfeiçoamento da escrita. Quanto mais lemos, melhor escrevemos. Foi através da escrita que descobri que, mesmo não sendo escritores, podemos criar, relatar e reinventar nossas próprias histórias. É só usar a imaginação.
Iracema do século XXI
Iracema chega novamente atrasada
na aula, por ter passado a noite toda
no MSN.
Rotina dura tem essa menina: Shopping,
amigas, cabeleireiro, Internet e faculdade
de Medicina.
Fim-de-semana chegando e a turma faz
planos. Acampamento é o programa.
Coisa que Iracema odeia por ser uma
garota urbana.
Toca o celular e ela atende, é o chato do
Martim todo insistente.
Iracema no frescor da juventude chama
muito a atenção, quando não é Martim, é
João. E quando não é o João é o Irapuã.
Mas boba ela não é, só seduz e quer curtir.
Muito esperta, só quer baladas e festas.
Até com a faculdade não tem pressa.
Um dia, na festa de Caubi, conhece Poti.
Poti lhe apresenta a tal erva alucinógena, coisa
da moda.
Iracema toda desconfiada segura, olha, aperta,
cheira e larga fora.
Apressadamente diz ser careta. Pega o celular
e pede para o pai buscá-la.
Ao estacionar o Jaguar, Iracema vê, é seu pai.
Quando chega em casa ainda confere seus
scraps no Orkut. Um recado lhe chama a atenção,
Martim dizendo que a ama lhe comove o
coração.
Relutante, decide telefonar, mas mesmo assim,
hesita em falar. Ouve a mensagem da secretária
eletrônica e torna a desligar.
Na tevê nada a anima, só notícias de corrupção
e chacinas.
Liga o som, escuta CPM. É quando ouve o triiimmm
do MSN. É Martim todo esperançoso
convidando-a para sair.
A partir daí, se tornam dois frutos gêmeos da Internet,
que saíram do seio do mesmo provedor.
E sem interferência da erva alucinógena,
que agora deixou de ser moda.
A casa de meus avôs
Meus avós jamais interferiram na educação que meus pais me dedicavam, mas sempre tinham algo novo e interessante para acrescentar. A primeira vez que tive a liberdade de ter uma caneta exclusiva, para rabiscar à vontade, foi na casa deles. Meus pais sempre achavam que uma criança de três anos, com esses utensílios na mão, causaria enormes estragos na mobília. E era na casa meus avós que aproveitava para externar minha criatividade infantil.
Recordo do leite fresquinho, do bolinho de chuva, das sobremesas (mesmo sem comer toda a comida) e da lasanha apetitosa. Tudo que era muito regrado na minha casa, era menos contido na dos meus avós. Minha vó permitia escolher a peça de roupa de cor berrante, ao contrário de minha mãe que preferia sempre as cores neutras. Meu avô deixava eu comer todos os doces a que tinha direito, ao contrário de meu pai que sempre deixava claro que doces só depois de não haver mais nenhum grão no prato.
Os meus avós foram os meus pais remodelados e melhorados. Eles foram tão importantes na minha vida, como meus pais. O equilíbrio de meu caráter foi moldado por ambos, mas as lembranças mais lindas que tenho são, sem dúvida, as de meus queridos avós. Nunca esquecerei aquelas tardes fantásticas na companhia dos dois.
Foto tirada aos dois anos, na casa dos meus avós.
Detalhe: com uma caneta na mão.
Andreia FloresAndré
“Se eu pudesse encontrar novamente essa pessoa, lhe diria que ela é o chão que falta aos meus pés, o céu em que brilha meu sol e minha lua e a água que sacia minha sede. Sede de querer ver seu sorriso novamente, sua presença nas festas familiares e dizer o quanto sinto sua falta. Uma falta que tira o meu sono, mata minhas esperanças e abala minha fé. Saber que seu sorriso não mais verei me perturba, me entristece.”
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Outros ares... Novos livros!
Discutimos o livro Dois Irmãos de Milton
Hatoum. Comprei hoje mesmo na Saraiva
e já vou devorá-lo!
Comprei também:
Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade;
Cem sonetos de Amor - Pablo Neruda;
Nova Antologia Poética - Vinicius de Morais;
Ora Bolas - O Humor de Mario Quintana - Juarez Fonseca;
Os cem melhores Poemas Brasileiros do Século - Seleção
de Italo Moriconi ( Amor à primeira vista! Achei meio caro, mas valeu o investimento!).
Livro é como chocolate, difícil devorar um só...
Beijos, bom final de semana!
Deya Flores
domingo, 14 de setembro de 2008
Lembranças da escola
Ao me perguntar qual a minha lembrança mais remota, lembro de imediato de minha primeira escola e das minhas séries iniciais. Teve uma aula, quando eu estava na segunda série, em que a professora pediu para a turma fazer um trabalho de ciências. Consistia em plantar grãos de feijão em um vaso e esperar sua germinação. Lembro com exatidão da minha alegria e empolgação com a atividade. Cuidava do meu pezinho de feijão como se ele fosse um filhote frágil e indefeso. E esse, pra mim, foi um grande aprendizado também sobre ter deveres e responsabilidades. E isso, nem preciso dizer, levei pela vida afora.
Outra lembrança que tenho é de uma professora bem querida que, ao ver a turma em bagunça e conversas paralelas, sempre dizia:
- Não quero ouvir mais nenhum piu!
Sempre havia um aluno que largava um irônico piu, depois da ordem. A professora paciente soltava uma risada. Talvez isso fosse um incentivo para os pius continuarem, pois até eu, em determinado momento, soltei um extremoso piu.
A escola para as crianças é como uma segunda casa. E como nesta idade os pequeninos são como esponjas, absorvem todas as informações que serão de extrema importância para a formação de seu caráter, posso dizer que muito aprendi nessa época. Época mágica e inesquecível!
h
Andreia Flores
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Sorriso
este é o meu maior disfarce.
Estou sorrindo,
esta é minha armadura.
Estou sorrindo,
quase como um sintoma.
Parei de sorrir,
esta é a minha realidade.
Se volto a sorrir,
é minha fuga.
g
Andreia Flores
terça-feira, 9 de setembro de 2008
O tempo...
Senhor do meu caminho?
Monotomia
Adrenalina
Minha cabeça pesa, tenho ânsia de realizações.
Mas as minhas energias se dispersam, se apagam.
Vivo ligada, conectada, infiltrada, paralisada.
Sou um baú de idéias inutilizadas, de dons
mal aproveitados.
Queria fazer mais, ser mais um pouco.
Cadê os meus sonhos?
Uma enorme cratera se abriu no chão
e eu escorri lá para dentro,
levando tudo junto comigo.
m
Andreia Flores
Parei!
Parei de reagir.
Parei de sentir.
Simplesmente parei.
Parei com tudo, com todos.
Estou parada, sem emoções.
Sem perguntas...
...com dúvidas.
Acabou, parei!
Parei de crer, de ver, de pedir.
De procurar, implorar, me iludir.
Parei de viver...
... sem você!
Dúvidas
O que virá nos próximos dias?
O que fazer daqui pra frente?
Como agir ou reagir?
Quando gritar e quando calar?
Cada gota de chuva deveria
trazer a resposta para cada dúvida nossa.
l
Saudade
É querer cantar com os pássaros,
é querer fazer chover.
Saudade é a palavra para explicitar a vontade
imensa de trazer novamente
o que se perdeu, pra gente!
Um novo dia...
Mais uma oportunidade se faz.
Mais um dia no calendário,
mais um que não voltará jamais.
Cada dia que começa é um recomeço,
um avanço na semana.
O dia inicia e com ele novas
esperanças, novos planos.
Apesar das dificuldades, a graça é
esperar o amanhã.
Acorde para o momento, levante-se para
a vida.
Olhe ao redor, realize tarefas, cumpra promessas.
Faça-se presente, modifique, reinvente.
Registre sua vida.
Faça sua história.
Vamos! Comece agora!
Confissão
Perda
Lembrança
Perturbação
Ilusões
Sentimentos
Cadê a minha Primavera?!
O mundo é cruel ou é eu que sou ingênua demais?
(... pausa pra reflexão...)
Quarta-feira passada assisti na faculdade a peça
teatral Apareceu a Margarida. Muito legal, rimos
o tempo todo! Quantas Margaridas há por aí, não é?
Inclusive dentro do UniRitter! Deixa pra lá!!!
Iniciei meu curso "Outros Olhares sobre a Juventude"
(da Pedagogia), todas às quartas-feiras. Nas
quartas, na faculdade, não teremos mais os dois últimos
períodos de Português, a professora Maria José saiu e
esses dois períodos passaram para o EaD. Ninguém merece!
Passei o final de semana todo traduzindo o livro Jane Eyre
para a disciplina de Inglês. Acabei!!!! Até que enfim! Teremos
uma prova sobre este livro. É meio água com açúcar, mas interessante!
Nessa semana terei prova de Latim. Em Latim estamos tendo
muita gramática, em pensar que eu já queria sair por aí falando
essa língua, doce ilusão! Só não fiquei tão decepcionada porque estou
dominando tudo. Na prova, mesmo que não estude, vou me sair bem.
Mas, igualmente, vou estudar.
Ótima terça para nós!
Vou precisar ter uma boa terça...
Deya Flores
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Ave amici! Quomodo vales?
Tudo passa...
domingo, 3 de agosto de 2008
Origamis
Que fofo!
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Lucas e suas primeiras letrinhas!
sexta-feira, 25 de julho de 2008
A inércia não pode ser absoluta!
Nas férias a gente mais faz, do que quando estamos sem elas! Ainda mais eu que, normalmente, não paro quieta nunca! Colocar meus livros em ordem; fazer uma faxina geral no guarda-roupa; ajeitar o jardim; passear com os meus cachorros; brincar com meus sobrinhos; ouvir aqueles Cd's que havia comprado e até agora não tinha escutado; achar que a decoração da casa (principalmente a cor das paredes) deve ser mudada; querer ler tudo que não li durante o ano... E enumerei só algumas coisinhas! Sabe? Quero que minhas férias terminem logo, pois sem elas, eu entro de férias! Todas as coisas (inclusive futilidades) que, ao longo do ano, deixo de lado por não achar necessário realizá-las, faço neste período. Pobres férias, levam a culpa dos meus excessos desnecessários! Com meus sobrinhos em casa (eles também estão ociosos), sou obrigada a cozinhar. E estou aperfeiçoando meus "pequenos dotes" culinários. Já que agora tenho tempo livre, vou dar um descanso para as lanchonetes e restaurantes que costumamos freqüentar de vez em... sempre. Confesso que minha praia não é a cozinha, ao menos todos degustam e não reclamam (ufaa!). Comecei com as minhas férias e acabei na minha cozinha! Vou ir para o meu quarto: tenho 3 livros para ler (também leio antes de dormir), quero terminá-los antes das minhas aulas recomeçarem. Hoje no meu jardim (já fui para o jardim...), senti o cheirinho do manjericão na horta (minha "pequena" grande horta) e lembrei-me da minha infância... Saudades da época que tudo era sonho, fantasia e esperança. Quando a gente cresce é obrigado a cair na real de vez, não tem jeito! Às vezes sinto falta de algumas saudáveis ilusões... Agora é planejar, buscar, realizar, torcer e... deixar o resto nas mãos de Deus!
Beijos, Deya Flores.