sábado, 1 de maio de 2010

O desconhecido


Ando sonhando com a mesma estrada ao longe, fico piscando para o sol. Vejo você nos braços de pássaros coloridos, indo sozinho, também procurando algo, calado. Olhamos para a mesma direção, mas por sentidos contrários vivemos e passamos velozes sem nos enxergarmos. Será a ânsia por percepção, que nos faz querer chamar a atenção, ou mero desleixo com nossos medos internos, que nos faz querer dar a cara à tapa para mostrarmos a nós mesmos que não somos quase fracos? Os caminhos andam pedregosos, mas acho que estou vendo luzes na longínqua escuridão. Você anda caminhando em falso e mesmo assim mostra tanta segurança falsificada. E eu... imóvel, sou um quadro de intolerante e estrondosa insegurança. Aceitas correr comigo (se as luzes não te ofuscarem, claro)?
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Deya Flores

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