sábado, 24 de novembro de 2007

A carta sem resposta


Lembra dos passeios de caminhonete? Das noites dormidas na beira da praia? Da procura de lenha para a fogueira? Lembra das vindas antes da festa acabar, por causa do trabalho? Das piadas, da música em som alto no carro?
Lembra da vez que tu te vestiste de Papai Noel no Natal e inseguro perguntavas se estava bom? Da gente procurando um cinto para a roupa? Do refletor pra iluminar as fotografias? Lembra dos passeios? Tu levavas a rua toda! Dos jogos na praia e os frangos que tu tomavas quando ficavas no gol? Das fantasias que improvisávamos para a festa do Ridículo? Lembra das aceleradas, das pescarias, da gente saindo por aí e mexendo com todos?
Lembra do Boooiii!? Do: - Hei, caiu aliii!!!
Lembra das implicâncias de irmãos, das confidências? Das alegrias inesperadas, das farras no 138?
Lembra dos planos?
Lembra quando tu debochaste de mim ao pegar o Gabriel, teu filho, pela primeira vez? Eu parecia ter medo de quebrá-lo!
Lembra quando batemos teu Clio? Tu não se zangaste!!!
Lembra quando esquecemos a caixa de insulina da tia em cima do carro? Que estrago! Não sobrou um frasco para contar a história! Ela ficou furiosa e a gente só ria!
Lembra das idas ao cinema e dos nomes alternativos que dávamos aos filmes? Não parávamos quietos, o pessoal fazia toda hora: Psiuuu!!!
Lembra da vez que invadimos a pista de Tarumã, pulando a cerca para falar com o pessoal do Moto Show?
Lembra da buzina de caminhão que colocamos no Tipo? Lembra quem foi a segunda pessoa que andou no teu Clio? Lembra do dia em que teu filho Lucas nasceu e a gente foi comemorar comendo cachorro-quente do Rosário? Só a gente...
Lembra irmão? Lembra?
São tantas lembranças boas...
E a mais forte e inesquecível é a do teu sorriso!

ó
* Foto do meu irmão, tirada poucas horas antes de o perdermos. Foi com o celular de minha cunhada, era por volta de 16, 17 h.

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Saudades,
Deya Flores.

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