segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A menina

A menina caminha, mexe no cabelo.
Gesticula algo sem fundamento.
Cochicha o infinito, sem receios.
Caminha espoleta, enche o peito
de vida.
Sonha como todos, mas espera os anos.
Traz no olhar a esperança que o mundo
ceifou da maioria.
Pergunta, quase sempre, coisas
extraordinárias.
Possui a doçura e o gracejo da idade da
curiosidade.
Caminha sem parar, observando tudo.
Um dia, quem sabe, não encontra uma
máquina de respostas.

Andreia Flores

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