domingo, 21 de setembro de 2008

A casa de meus avôs


Essa noite surpreendi-me relembrando alguns bons momentos de minha vida. E uma dessas lembranças eram as tardes na casa de meus avós. Lembro-me com carinho da dedicação zelosa e dos cuidados extremos.
Meus avós jamais interferiram na educação que meus pais me dedicavam, mas sempre tinham algo novo e interessante para acrescentar. A primeira vez que tive a liberdade de ter uma caneta exclusiva, para rabiscar à vontade, foi na casa deles. Meus pais sempre achavam que uma criança de três anos, com esses utensílios na mão, causaria enormes estragos na mobília. E era na casa meus avós que aproveitava para externar minha criatividade infantil.
Recordo do leite fresquinho, do bolinho de chuva, das sobremesas (mesmo sem comer toda a comida) e da lasanha apetitosa. Tudo que era muito regrado na minha casa, era menos contido na dos meus avós. Minha vó permitia escolher a peça de roupa de cor berrante, ao contrário de minha mãe que preferia sempre as cores neutras. Meu avô deixava eu comer todos os doces a que tinha direito, ao contrário de meu pai que sempre deixava claro que doces só depois de não haver mais nenhum grão no prato.
Os meus avós foram os meus pais remodelados e melhorados. Eles foram tão importantes na minha vida, como meus pais. O equilíbrio de meu caráter foi moldado por ambos, mas as lembranças mais lindas que tenho são, sem dúvida, as de meus queridos avós. Nunca esquecerei aquelas tardes fantásticas na companhia dos dois.

Foto tirada aos dois anos, na casa dos meus avós.

Detalhe: com uma caneta na mão.

Andreia Flores

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